O preço dos alimentos não tem parado de subir, o que irá influenciar as compras dos portugueses para a ceia de Natal.
Quanto custará a mesa da consoada? De acordo com a Deco Proteste, se os portugueses mantiverem os hábitos de consumo de há um ano, cada família pagará 44,81 euros pelo seu cabaz alimentar para a consoada, mais 17,84% do que há um ano.
“O preço dos alimentos não para de subir e, a apenas algumas semanas da noite de Natal, alguns dos produtos essenciais na mesa de muitas famílias estão significativamente mais caros”, diz a DECO Proteste, em comunicado enviado às redações.
Do cabaz de bens analisados, 16 produtos tipicamente usados na confeção da consoada estão mais caros. São eles o açúcar branco, a farinha para bolos, a batata vermelha, o leite UHT meio-gordo, seis ovos, couve, óleo alimentar 100% vegetal, carcaça tradicional, perna de peru, bacalhau graúdo, arroz carolino, azeite virgem extra, tablete de chocolate para culinária, ananás, vinho branco DOC Alentejo e vinho tinto DOC Douro.
“Da análise foi possível concluir que, entre 5 de janeiro e 9 de novembro, o preço deste cabaz já aumentou 17,84%, ou seja mais de 6,50 euros, custando agora 44,81 euros. No entanto, este valor pode subir bastante para quem precisar de quantidades maiores, uma vez que só foram considerados neste cabaz uma unidade de cada produto ou um quilo, no caso dos produtos vendidos a peso”, nota a organização de defesa do consumidor.
Este aumento poderá levar as famílias a terem de optar por uma consoada mais simples e a fazerem alguns cálculos.
A porta-voz da Deco proteste, Ana Guerreiro, afirma que, para evitar gastos desmesurados, “os consumidores devem preparar a lista de compras com base no número de pessoas que vão ter à mesa na ceia de Natal e, antes de comprar, fazer uma comparação dos preços por litro, quilo ou unidade entre os produtos de várias marcas”.
De forma a facilitar estes cálculos, a Deco Proteste lançou um simulador online, que permite identificar os preços mais em conta dos produtos que procura, por zona de residência. A entidade explicou também que o cálculo feito, neste caso, teve como base o o preço médio por produto em todas as lojas online do seu simulador em que se encontra disponível. “Foi somado o preço médio de todos os produtos e obtido o custo total do cabaz”, lê-se.
A Deco Proteste partilha ainda que, numa análise mais abrangente aos bens alimentares, observou um aumento em cerca de 26 euros, ou mais 14,35%, nos preços de 63 produtos, em comparação com o mês de fevereiro.
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